sábado, 19 de maio de 2007

Tanabata se prepara para ter maior participação dos jovens



Francsico Ferreira da Silva Jr
Fábio Alves de Rezende

Durante os dias 6/7/8 de julho, a secretária da cultura, em parceria com as entidades japonesas, a Sociedade Cultural Japonesa de Ribeirão Preto, a Associação Nipo Brasileira de Ribeirão Preto e o Templo Budista Tohoku Nambei Honganji, realizarão o 14º Festival Tanabata. Um evento que durante os três dias trará para a cidade um pouco da cultura japonesa, trazendo danças, comidas, lutas (Karate, Aikido), artesanatos, entre outras atrações.
O Festival se baseia numa lenda japonesa, na qual a princesa Orihime e seu amado Kengyu ao se conhecerem esquecem de tudo, como de suas obrigações, dedicando-se exclusivamente ao amor. Por isso, os deuses os castigaram e transformaram-nos em estrelas, separando-os para extremos opostos do espaço, e para aliviar a dor da separação, foi concedido um dia para eles se encontrarem. As estrelas Orihime e Kengyu se encontram no sétimo dia do sétimo mês de cada ano e a partir desse encontro, surgiu o Festival Tanabata.
Um dos aspectos marcante do Festival é suas comidas tipicamente japonesas, como o sashimi, o sushie e o tempura. A culinária japonesa passou de geração em geração, mantendo a sua tradição e costumes milenares, deixando de ser exóticas para serem uma opção de comida saudável e nutritiva, alem de ter uma variedade de cores e sabores.
A cada ano, o Festival Tanabata, que significa a “Festa das Estrelas”, tem uma participação maior dos jovens da cidade. “Nós temos observado a uns três quatro anos uma grande participação dos jovens dentro do Tanabata”, disse a Simara Sgobbi Cauchick, umas das coordenadoras do evento junto com a Cecília Velludo Garcia Leal. Além de ter universitários que trabalharão no evento, como é o caso da estudante de medicina Bruna Akio Kasalomi, 20 anos, que desenvolve artesanato japonês.

O Festival.

Hoje, o Festival conta com um público médio de 15 mil pessoas por dia, mais as equipes que trabalham no festival, que são aproximadamente 100 pessoas pela prefeitura e 350 voluntários das entidades que organizam o Tanabata durante os três dias.
O Tanabata, em seu início, ocupou a explanada do teatro Dom Pedro, a parti daí não parou mais de crescer. No terceiro ano ele foi para o Morro do São Bento dentro do teatro de arena e permaneceu por dois anos. “Já no seu quinto ano o espaço era pequeno, então, neste momento, o Festival foi para as ruas do Morro, o que melhorou muito”, relata a Simara. Esse crescimento do festival trouxe para a cidade uma cultura forte e marcante.
Além da questão cultural, o Festival Tanabata, segundo o secretário Justiniano Vicente Seixas, secretário da cultura desde 2005, representa uma festa que homenageia a colônia japonesa, e também é uma oportunidade para mostrar a tradição do Japão. E quem sai ganhando com o Festival é a cidade, pois “ganha na movimentação de seu comercio, dos seus hotéis principalmente, e a região toda, porque tem a oportunidade de estar aqui presente e levar os momentos que vivem aqui no Festival” completa o secretário Seixas.
A mudança do Tanabata para o Morro do São Bento facilitou para a colônia japonesa fazer a decoração, na qual os enfeites simulam estrelas que são pregadas em bambus, os quais formam um arco. Os visitantes passam por baixo desse arco e deixam seus desejos escritos em papéis coloridos chamados tanzaku, que são oferecidos às estrelas e amarados nos bambus. Existem seis cores que representando cada uma um sentimento: branco a paz, amarelo o dinheiro, azul a proteção dos céus, verde a esperança, rosa o amor e vermelho a paixão. Os pedidos ou mensagens são escritos no papel conforme a simbologia da cor. A lenda fala que todos os pedidos são atendidos quando as estrelas Orihime e Kengyu se encontram no céu.

A juventude participa.

O que mais atrai o publica no Festival são as variadas opções de comida, chegando a mais de 24 pratos para todos os gostos, desde espetinhos de legumes fritos na grelha, como o Robata, até o tradicional Sushi, bolinhos de arroz cobertos por peixe cru. A culinária japonesa tem o arroz, a sopa de misso, que é uma pasta a base de soja, e o peixe como a base de sua culinária.
E isso reflete diretamente sobre a economia da cidade, onde o comercio ribeirão-pretano conta com diversos estabelecimentos que cuidam da à culinária japonesa, que esta relacionada com a da qualidade de vida, o que faz que a população da cidade procure cada vez mais esses estabelecimentos. Como conseqüência disso, o numero de casas especializada na alimentação tipicamente japonesa não para de crescer, e alguns levam também a dança típica do Japão.
Os jovens têm participado com mais freqüência do Festival, e optam na programação cultural. Com exibição de mangas e animes, na qual são filmes e desenhos japoneses comuns pelos brasileiros e que viraram manias nacionais. “E esse ano vamos poder ter filmes para essa população jovem, além do japan pop que é uma modalidade de musica que os jovens estão gostando”, afirma Simara.
A estudante comenta que muitos jovens trabalham durante o festival e que estes gostam do que fazem. “É tudo novo para quem não conhece a cultura japonesa, dá para ver nos olhos de cada um, o mundo deslumbrante que se vê. É como se nesses três dias de Festival, as pessoas se sentem fora de seu país, conhecer um novo mundo, onde tudo é diferente daquilo que se conhece, e o melhor de tudo é ver que no fim, todos acabam interagindo entre si, como se fossem um único povo”, finaliza Bruna.

Um comentário:

Denis Porto Renó disse...

O Tanabata é muito bom. Me deu até fome ao ler este post.